Profissões do Futuro na Área de Energia

Profissões do Futuro na Área de Energia

Você sabe quais são as áreas em crescimento no setor de energia nos próximos 2, 5 e 10 anos? Quer saber quais serão os profissionais mais requisitados? Então acesse nosso blog e descubra.

Escrito por Rosane Fukuoka da Mitsidi Projetos em julho de 2021

Em um estudo recente realizado pela Mitsidi Projetos, financiado pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), em parceria com o MEC e o MME, foi feito uma análise entre a demanda de formação profissional no Brasil e as ofertas existentes de cursos nas instituições de ensino, com o objetivo de mapear os futuros profissionais na área de energia. 

Como metodologia do projeto foram feitas pesquisas de referências bibliográficas sobre o tema, mapeamento de setores e análise de grades curriculares dos Institutos Federais, SENAIs e Universidades nacionais e internacionais. Para entendimento da demanda de profissionais foram realizadas entrevistas com 20 atores-chave no setor: MME, ANEEL, EPE, ONS, CEMIG, COPEL, ABRADEE, CELESC, ENEL, ISA CTEEP, AES Tietê, SIEMENS, Schneider, Eureca, Indra, MESOL, UFAM e IFSC. Houve também a aplicação de um questionário online para entender a demanda de empregos no setor privado. 

Após mapeamento das áreas e perfis relacionados ao tema foram identificadas as categorias de estudo: mobilidade sustentável, geração de energias renováveis, tecnologias do lado da demanda, redes inteligentes de transmissão e distribuição (T&D) e inteligência artificial (IA).  O gráfico a seguir resume a demanda de crescimento a curto, médio e longo prazo para cada uma das áreas.

Figura 1. Demanda de crescimento no setor de energia nos próximos anos.

Na parte de redes inteligentes de T&D e digitalização, o analista de sistemas embarcados e o engenheiro de software foram empregos destacados em fase de crescimento, o cientista de dados, o especialista em blockchain e cibersegurança são empregos existentes que já estão sendo bem requisitados no mercado e o analista de TI e digitalização em redes inteligentes é um emprego emergente no setor.

Na parte de eletromobilidade, os empregos em fase de crescimento foram: o engenheiro de operação, engenheiro automotivo, o técnico e o engenheiro de energia. Como empregos emergentes, dependentes do crescimento do mercado no Brasil foram destacados os profissionais de mobilidade e gestão de frotas, gerente de desenvolvimento de infraestrutura, desenvolvedor de soluções para mobilidade elétrica, o em engenheiro de instalação de eletropostos e os técnicos de manutenção de veículos elétricos.

Em tecnologias do lado da demanda, o especialista de resposta da demanda foi identificado como emprego emergente, a depender das futuras regulações no setor, e em empregos em fase de crescimento, o destaque foi para o gerente de obras e projetos de eficiência energética, o gerente de projetos industriais (O&M), o consultor em projetos e operação e o gerente de projetos em edificações.

Já no setor de energias renováveis, os profissionais em crescimento foram o gerente em serviços energéticos, o gerente de projetos e produtos, o gerente de obra, o técnico em comissionamento, o técnico projetista e de automação. Na área de impacto na rede, o gerente de estudos energéticos, gerente de planejamento de rede e o gerente de operação foram os empregos destacados também.

Ao longo do estudo também foi identificado um novo perfil profissional relacionado à inteligência artificial (IA) para fazer a análise de dados, reconhecimento de padrões de consumo, detecção de perdas, previsão de geração de energias renováveis, entre outras funções no setor. 

Por fim, em relação à parte acadêmica, embora já existam universidades internacionais com disciplinas nesses setores, no que tange a oferta de cursos existentes no Brasil, foi percebido que há poucas disciplinas obrigatórias nas instituições de ensino que estejam relacionadas aos temas, e há pouco enfoque em tratamento de dados, sistemas de armazenamento de energia e redes elétricas inteligentes. Portanto, ressalta-se a carência de currículos acadêmicos atualizados e a necessidade urgente de revisão da grade curricular. Para mais informações, acesse o relatório completo do estudo 2021_04_29-Energia-RelatorioFinal.