O POTENCIAL DO HIDROGÊNIO VERDE NO BRASIL E NA ESPANHA

Por: Rosane Fukuoka

set. 15, 2022

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Ideias

No cenário de transição energética, em que os países buscam formas de descarbonizar suas matrizes energéticas para atingir a neutralidade de carbono até 2050, o hidrogênio surge como um vetor energético estratégico que pode acelerar o processo e contribuir para o alcance das metas propostas nos próximos anos.

O hidrogênio verde, que é produzido a partir de fontes renováveis, é um elemento que pode ser utilizado para armazenar excedentes da geração eólica e fotovoltaica, convertendo-os novamente em eletricidade posteriormente. É também um elemento-chave que pode ser utilizado como combustível para substituir o uso de gás natural, carvão e diesel, ou seja, fontes fósseis com altas emissões de carbono. Além disso, o hidrogênio também tem diversas aplicações em combinação com outros elementos químicos como amônia, metanol, etc.

Nesse sentido, dois países almejam liderar a produção e exportação de hidrogênio verde em seus continentes: Brasil e Espanha. O Brasil é um país em desenvolvimento, com terras e recursos naturais abundantes, com 78% de energia renovável em sua matriz energética, principalmente de usinas hidrelétricas (EPE, 2022), e a maior capacidade renovável instalada da América Latina (IRENA, 2022). A Espanha é um país desenvolvido que possui um dos melhores índices de radiação solar da Europa, chegando a 48% de energia renovável, e se destaca em termos de geração de energia eólica e solar fotovoltaica (REE, 2022), ocupando o segundo lugar em capacidade renovável total instalada na Europa (IRENA, 2022).

Dado o grande potencial de geração de eletricidade a partir de energia renovável, ambos os países têm projeções promissoras para produção de hidrogênio verde de baixo custo até 2030, com previsões de valores abaixo de 1 USD/kg até 2050. (BloombergNEF, 2021)

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Figura 1. Projeções de custos de produção de hidrogênio verde no Brasil e na Espanha em 2030 e 2050. Fonte: Elaborado pelo autor com base em dados da BloombergNEF, 2021.


Este trabalho, portanto, traz uma análise comparativa desses dois países potenciais na geração de hidrogênio verde, abordando aspectos de regulamentação, legislação e políticas, estado de desenvolvimento das tecnologias, potencial de produção de hidrogênio, barreiras técnicas, políticas, econômicas e ambientais, com propostas de ações para mitigar e solucionar os problemas. Por fim, o último capítulo apresenta um mapeamento dos casos considerados mais relevantes em cada país.

Para mais detalhes, acesse o estudo: