Grandes corporações se unem para compartilhar estratégias e oportunidades para eficiência energética

Por: Renato Gualco

nov. 01, 2016

Notícias

No momento de convergência de novas tecnologias e aumento do interesse na sustentabilidade corporativa, muitos dos grandes centros de negócios têm olhado mais de perto para estratégias em gestão energética.

A tendência ficou evidente no Sustainable Business Summit 2016, sediado em Nova York no mês de outubro pela Bloomberg BNA. O evento reuniu empresários, investidores e outros tomadores de decisões para discutir como as corporações estão direcionando as oportunidades de crescimento e lucro por meio de práticas sustentáveis de negócio, tendo a energia como uma área chave. Representantes de gigantes como The 3M Company, JetBlue Airways Corp., Xerox Corp. e Tiffany & Co. compartilhem ideias de suas próprias estratégias.

Para muitas organizações, o aumento do armazenamento de informações ‘em nuvem’ e a criação de datacenters, que consomem grandes quantidades de energia para processar essas informações, gera também a necessidade de mitigar os impactos por meio do consumo da eficiência energética e das fontes renováveis. Isso já é uma realidade para gigantes da tecnologia como a Microsoft, mas é provável que cheguem também a todos os tipos de setores nos próximos anos, disse Rob Bernard, responsável pela estratégia ambiental da Microsoft durante o evento.

Bernard, junto ao CEO da Stuffstr, startup que criou um aplicativo de economia compartilhada, menciona que o armazenamento em nuvem tem sido o grande pelo aumento do foco em energia. Esse desafio é composto pela pressão feita por consumidores, funcionários e investidores de todos os tipos de organizações por mais transparência sobre o impacto ambiental, e o consumo energético é em muitos casos o primeiro lugar para se começar.

A Tiffany & Co., por exemplo, contratou a sua primeira gerente de sustentabilidade, Anisa Costa, em 2015. Costa afirmou que os investidores da companhia mais interessados do que estão em iniciativas ambientais. A Tiffany, que planeja chegar a zero emissões até 2050, já implementou iniciativas de eficiência energética para atingir a meta: entre 2014 e 2015, a famosa joalheria de Nova York realizou o retrofit de aproximadamente 100 lojas do varejo com iluminação LED, tanto nas especificações das lojas quanto dos expositores. de gestão de energia, ainda não foi possível criar um plano integrado, afirmou Alan Shurr, presidente da Edison Energy –subsidiária da Edison International – a respeito das organizações com as quais têm trabalho. “Na nossa visão, é necessário que haja um parceiro na maioria das empresas para fazer com que isso aconteça, porque a energia não é o core business em muitas delas”. Ainda durante o evento, ele afirmou que algumas corporações já imaginam um “sistema de alto desempenho em todas as dimensões” de gestão energética, incluindo o gerenciamento de custo e falibilidade do sistema.

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