Por: Luisa Zucchi
abr. 26, 2022
Eficiência Energética
EDGE é um programa de certificação de edifícios verdes que visa tornar estruturas mais eficientes em termos de recursos, como energia, água e materiais. Com um software gratuito para avaliar a eficiência desses recursos, a certificação EDGE green building torna mais rápida e fácil a construção de um edifício mais sustentável.
A certificação EDGE vem crescendo e beneficiando nos últimos anos ao redor do mundo, já estando presente em mais de 200 países. Por ser uma certificação muito simples de se obter, já há mais de 500 edifícios certificados em apenas 8 anos de existência. Nos últimos 2 anos, mesmo com a pandemia, ocorreram cerca de 140 edifícios certificados, demonstrando a força dessa certificação.
Atualmente, o país que mais certifica edifícios com o EDGE é a Colômbia, com 118 edifícios. Mas a certificação também tem um impacto forte no Vietnã, na Indonésia e no México. É uma certificação forte principalmente para países emergentes e em desenvolvimento, com rápida urbanização. No Brasil, até o momento, há 17 empreendimentos certificados, mas está tendo um crescimento significativo na busca pela certificação.
Por mais que a Colômbia tenha o maior número absoluto de prédios certificados, onde há mais certificações EDGE Advanced é no sudeste asiático, ou seja, é onde há mais certificações com mais de 40% de economia em energia.
Quando conversamos sobre descarbonização, podemos ver que graças à EDGE já se deixa de emitir cerca de 158 mil toneladas de gás carbônico por ano.
Mais uma vez, os países que mais deixaram de emitir foram países do sudeste asiático, mas também países como Colômbia, México, Índia e África do sul tiveram boas reduções de emissões de CO2.
Como a certificação zero carbono é relativamente recente, há apenas 4 empreendimentos no mundo que receberam a certificação. No México, na Bulgária, na Índia e nas Filipinas.
No México, o edifício Ufficio BJX obteve a certificação após um retrofit que transformou o prédio de residencial para escritórios. Nele foram utilizadas medidas de baixa absorção das fachadas e cobertura, iluminação eficiente, ventiladores de teto, além do sistema de geração de energia fotovoltaica. Ele conseguiu uma economia de 50% em energia, 23% em água e 36% em energia embutida em materiais.
Na Bulgária, o edifício do banco Procredit foi construído com economia de 50% em energia, 46% em água e 94% em materiais. Para obter esses valores eficientes, eles receberam uma razão de parede-janela menor, isolamento térmico, vidros de alto desempenho, climatização e iluminação, produção de energia fotovoltaica, sensores de presença, produção de energia renovável off site e ainda compensações de carbono.
Na Índia, os laboratórios do grupo Stallion chegaram a 100% de economia de energia, usando uma razão de parede-janela menor, isolamento térmico, vidros de alto desempenho, climatização por central de água gelada e VRF, iluminação eficiente, produção de energia fotovoltaica, sensores de presença e medidores inteligentes. Além disso, também alcançamos 60% de economia em água e 40% em materiais.
Por fim nas Filipinas, o prédio Arthaland Century Pacific Tower chegou a 45% de economia de energia, com fachadas de baixa absorção, elementos externos de sombreamento, isolamento térmico, vidros de alto desempenho, ar condicionado VRF, energia solar fotovoltaica, iluminação eficiente, energia renovável off site e ainda recuperação de calor do sistema de combustão.